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O Blog das notícias políticas de Caruaru e Região

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Receita para um mau prefeito

No jornal Valor Econômico de hoje:
Receita para um mau prefeito
Artigo Renato Janine Ribeiro é professor titular de ética e filosofia política na Universidade de São Paulo
Quase não vejo discussão sobre as eleições deste ano. Fala-se, sim, em coligações, mesmo as mais absurdas, e no tempo de televisão que gerarão para os candidatos – mas do que importa, que é o mérito dos nomes propostos, quase nada. Permito-me assim dar uma sugestão para o eleitor decidir, não em quem vai votar, mas em quem não votar. Pelo menos, deste modo ele pode descartar nomes que não merecem cargo tão destacado. Considero prefeito o cargo mais importante do Brasil, depois de presidente da República. Embora os governadores estejam hierarquicamente acima dos prefeitos, é o município que lida com quase tudo de nossa vida cotidiana. Trânsito, saúde, educação, árvores, calor e frio, até o bem-estar físico e mental e muitos dos prazeres da vida e da alma: tudo isso tem a ver com os prefeitos – e, claro, os vereadores.
Como saber que alguém não presta para prefeito? Receita simples e segura: os assuntos que prioriza na campanha. Se priorizar religião, corrupção ou futebol, podem ter certeza de que será mau prefeito. Nada tenho contra esses temas, apenas observo que, ao dar-lhes prioridade, ele estará fugindo dos assuntos que pode e deve abordar. Não é que não possa ter opinião a respeito. Mas pode fazer pouco de bom sobre religião, futebol e, mesmo, corrupção. (É verdade que pode atacar a corrupção na prefeitura. Mas sua opinião sobre a corrupção fora do município, seja o caso Cachoeira, seja o mensalão, não tem muita importância).
Não estou defendendo políticos de nenhum partido em especial. Um dos maiores prefeitos do Brasil foi Jaime Lerner, que revolucionou Curitiba, transformando a cidade que era alvo das zombarias do jornal “O Pasquim” em exemplo de urbanismo para o Brasil e, não sejamos tímidos, o mundo. Ele, mais um técnico do que um político, pertenceu a partidos de direita, como a Arena e o PFL. Em compensação, uma das cidades que mais melhorou no Brasil foi Porto Alegre – graças a uma sucessão de bons prefeitos do PT. Temos exemplos de bons administradores municipais dos dois lados.
Os assuntos que um candidato decente deve discutir
O que estou defendendo é, simplesmente, que os candidatos digam o que pretendem para suas cidades. Se não disserem nada, é porque não farão nada que preste. Ou não têm ideias para o cargo, ou o querem para algum fim espúrio.
Então, qual uma pequena lista de assuntos municipais decisivos?
Primeiro, a educação. O ensino fundamental é assunto das cidades – e Estados. Uma prefeitura pode investir muito nisso. Pode e deve controlar a qualidade da educação, porque está perto da escola. Pode comparar os resultados de cada uma delas nos exames e, especialmente, na entrada e na saída: pode cotejar o conhecimento do aluno que ingressa no primeiro ano e do que está se formando. Ele melhorou, piorou, e quanto? Provavelmente, uma de classe média formará alunos melhores, no conjunto, mas ela já os recebeu mais qualificados. Se virmos o que cada escola acrescentou, ou agregou, ao seu aluno em termos de qualidade, aí sim teremos uma métrica justa. Promoveremos assim a melhora da educação. Também há que levar em conta os recursos investidos: uma escola com menor orçamento, que consiga bons resultados, tem mérito maior do que outra que teve iguais resultados, mas com mais dinheiro.
Para escolas, existem manuais de boas práticas. Há gente de tudo o que é lado político empenhada nisso. E, se por acaso o município for desses que tem arrecadação enorme, pode levar a escola ao infinito. Em educação, sempre se pode melhorar.
Segundo, a saúde. Ela tem uma vantagem sobre a educação: quem está doente sabe que não está bem de saúde. Já quem é ignorante ignora a própria ignorância. Por isso, nosso povo reivindica mais em termos de saúde que de educação. Ora, a boa saúde é um bem enorme. Reduz gastos sociais. Cada real bem investido nela (ou na educação) leva a economias e mesmo ganhos mais adiante. Por isso muitos afirmam que não se trata exatamente de gasto, mas de investimento. Isso, para não falar no ganho qualitativo, que nem se pode medir, do bem-estar das pessoas.
Terceiro, o saneamento. Vão longe os tempos em que um governador de São Paulo, Paulo Egydio Martins, lamentava que canos não dão votos, porque estão debaixo da terra e ninguém os vê – ao contrário, por exemplo, do asfalto ou do poste, que seriam mais populares. Hoje, ao contrário, as pessoas sabem que água e esgoto trazem saúde. Salvam vidas, sobretudo de recém-nascidos. O que o seu candidato propõe a respeito? Quantos domicílios em sua cidade não têm água tratada, ou esgoto? Ele sabe quantos? Tem propostas a respeito?
Quarto, o trânsito. O trânsito é o problema. O transporte público é a solução. Em várias cidades do Brasil, fazem-se mais viagens por dia de carro do que de ônibus. Isso é absurdo. Andar só de carro é insustentável, do ponto de vista econômico e ecológico. Infelizmente, o Brasil aposta na indústria automobilística para crescer. Será preciso mudar isso. Mas a mudança começa pelo município. Precisamos ter uma rede boa de transporte público para, depois, adotar o pedágio urbano, restringir vias ao tráfego privado, premiar em termos de tempo e tarifa quem usa ônibus, metrô ou bondes (que deveriam voltar, como voltaram à Europa em grande estilo). Isso finalmente exigirá, ou melhor, permitirá que mudemos nossa matriz de produção, comércio e imaginação, em que o carro particular tem há décadas um peso tão significativo.
Este é um rol pequeno de temas, mas todos eles essenciais. Se conseguirmos focar a discussão neles, poderemos ter melhores prefeitos – e vereadores. O ganho social dessa melhora será enorme.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Carlos Sá descansa em paz?

Com a morte do fotógrafo e amigo Carlos Sá, acontecida nesta quinta, 07, vitima de um aneurisma cerebral, uma pergunta para reflexão Carlos Sá descansa em paz?
Ele partiu e não viu punição de quem burlou o povo ao deixar um mandato que começou com a renuncia de Roberto Liberato da vice-prefeitura de Tony Gel, sem nem chegar assumir a prefeitura em 2004, e terminou com a renuncia do próprio Tony Gel em março de 2008 e a entrega da prefeitura ao não votado Neguinho Teixeira,
Carlos Sá foi um contundente crítico das trágicas administrações que Caruaru foi submetida de 2000 a 2008, se soubéssemos o dia de amanhã, talvez tivéssemos dito a ele no última sábado, 02, na abertura do São João "descanse em paz Carlos Sá que em breve o povo e a justiça vão responder os seus clamores reclamados".
Até breve amigo e manda fotos daí de onde você esta.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

O TEMPO


Dentro as reflexões que a filosofia nos impõe, uma delas é sobre o tempo, não a medida exata e precisa de 60 pulsações por minuto ou mesmo sobre as suas frações, O TEMPO que me refiro é o TEMPO que determina o fim, a exaustão das coisas, a História esta repleta de nações, pessoas, coisas que foram durante muito tempo, incontestes e que depois se tornaram obsoletas com o TEMPO.
Um fator que até pouco TEMPO atrás era de pouca relevância para esta análise, era a velocidade da informação, que no mundo atual revolucionou o conhecimento, a pouco mais de 30 anos, apesar do telefone, do rádio e da televisão, as notícias e a difusão de novas ideias e conceitos levava intervalos bem maiores de que hoje para o conhecimento geral, daí o juízo de valor que se fazia de pessoas, de coisas, de ideais era com respostas bem mais lentas.
Hoje com mecanismos como a internet, a capacidade de avaliar ficou bem mais rápida, eu diria quase que instantânea, e por isso mais cruel e mais contundente. O que era excelente ontem pode não mais servir para hoje, o que era a grande revolução de ontem pode representar o atraso de hoje. Sábios são aqueles que aprendem, não manipular as informações ou tentar manipular o tempo, sábios aprendem a respeitar o TEMPO. Aliás, encontramos na bíblia um exemplo de prudência com o tempo quando o tema é "TEMPO PARA TUDO" que aparece no livro de Eclesiaste 3, 1-8
“Tudo neste mundo tem seu tempo;
cada coisa tem sua ocasião.
Há um tempo de nascer e tempo de morrer;
tempo de plantar e tempo de arrancar;
tempo de matar e tempo de curar;
tempo de derrubar e tempo de construir;
Há tempo de ficar triste e tempo de se alegrar:
tempo de chorar e tempo de dançar;
tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntá-las;
tempo de abraçar e tempo de afastar;
Há tempo de procurar e tempo de perder;
tempo de economizar e tempo de desperdiçar;
tempo de rasgar e tempo de remendar;
tempo de ficar calado e tempo de falar.
Há tempo de amar e tempo de odiar
tempo de guerra e tempo de paz.”
Sábios são aqueles que sabem o seu TEMPO e com ele não brigam, apenas respeita.
Reflitam sobre o TEMPO e terão mais tempo para viver em paz com as suas consciências.

Caruaru ganha mais um veiculo de comunicação é a Revista Política Mais, da jornalista Janaína Waléria.

“O momento é muito oportuno, pois estamos vivendo intensamente já o clima eleitoral, a cidade está “fervendo”, o volume de informação neste sentido é muito grande e achei que deveria dar minha contribuição a população trazendo a existência desta revista. Eu estou muito feliz por ter conseguido reunir bons colaboradores, que são experientes no meio jornalístico e político, e outros que já contactaram comigo se disponibilizando para contribuir.” Comenta Janaina.


Na equipe da revista tem os jornalistas Jénerson Alves, Núbia Silva e Tâmara Pinheiro; o radialista Dimas Xavier, os fotógrafos Antônio Preggo e Lucas Ferreira, o colunista socio-político-cultural Paulo Nailson, o projeto gráfico é da art&com (Ana Paula M. Lima) entre outros.

O evento de lançamento aconteceu na noite da sexta,30, no Museu do Barro, 19 horas, em Caruaru, e contará com a presença de artistas como Azulão & Azulinho, Onildo Almeida, Adélio Lima (ator que interpretou Luiz Gonzaga no filme), a poetiza Mabel Cavalcanti e o dançarino Marcos Mercury, além de lideranças no meio empresarial e político.

A jornalista também divulgará outros projetos na área de comunicação.